Chega a ser revoltante algumas informações que somos obrigados a ler.
Há cerca de dois dias, vários
sites da internet e veículos de comunicações do estado informaram que apenados do
Casa de Detenção do município de Jaru, interior do estado de Rondônia, fizeram
motim para reclamarem da qualidade da comida que os mesmos vinham recebendo na
semana e que todos iriam a partir daquela hora fazerem greve de fome.
O mais ultrajante é ler na mesma
matéria que as marmitas fornecidas na hora do almoço para os detentos eram
compostas por arroz, peixe frito, ovo, macarrão, alface e beterraba e no
jantar: arroz, feijão, calabresa acebolada, farofa, almeirão e cenoura. E mesmo
assim todas foram rejeitadas, sendo dado o início de uma desordem dentro das
celas que só fora finalizada após a intervenção dos agentes penitenciários.
Porque logo no início desse texto
eu expressei minha opinião como revoltante?
Por que da mesma forma que lemos
esse tipo de matéria nos chega a mente o número absurdo, e não peco em colocar
aqui em letras maiúsculas como se tornasse um grito, o ABSURDO que é quando
comparamos que milhares de famílias não tem o que comer e se alimentam de lixo
ou sobras e mesmo quando possuem algo para pôr em seus pratos, sequer chega a
ter a quantidade ideal de proteínas, carboidratos, ferro ou o que seja.
Na matéria veiculada no site da Revista
Exame (Exame.com 2014, 18Dez) informa que mais de 7 milhões de pessoas passam
fome no Brasil. Esses dados foram retirados de uma pesquisa realizada em 2014,
enquanto que em 2016 já um outro site, este agora da Revista Istoé (2016,
21Jan) traz a informação que segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, mais
de 870 milhões de pessoas passam fome no mundo.
Então, na visão como um todo,
qual dessas informações chegam a ser a mais impactante e desumana? A dos
presidiários que possivelmente se encontrem “enjoados” com a alimentação (que
toda a sociedade paga através de impostos absurdos) vêm recebendo ou as duas
outras informações que absorvem uma massa falida de pais, idosos e crianças do
mundo inteiro que não possuem uma alimentação digna diária para sobreviver?
Na minha opinião, não vejo o que
há de errado com os cardápios dessas marmitas. Ainda mais por saber que
invariavelmente se torna até escandaloso saber que ainda passam pela consulta
de uma nutricionista para que possam ser servidas com qualidade. Será que há a
mesma preocupação na alimentação para estes assim como também deveria na
merenda escolar e dentro dos hospitais? Como essas questões poderiam ser
respondidas?
E, para você? Essa é uma
informação que você deixa passar por não lhe incomodar em nada ou assim como
eu, é mais uma daquelas informações que faz embrulhar-lhes o estômago?
Foto: Google.com
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