Logo no início de 2013, eu tive a grata surpresa de receber um
telefonema no qual mudaria toda a minha vida. A ligação especificamente era pra
dizer que meu nome havia sido escolhido para ganhar uma bolsa de 50% para
um curso universitário e o curso que eu havia escolhido como segunda opção
havia sido: Jornalismo. Direito sempre foi minha primeira opção (preciso ser
sincero), mas infelizmente, para aquele momento, ele (o Direito) não me escolheu.
Então me predispus a fazer Jornalismo, visto que uma das coisas que mais gosto
de fazer é escrever, acreditei que seria fácil demais para mim.
Fácil?
Como assim fácil? Como podemos definir essa palavra?
Aquele que deduz que ser jornalista é aquele profissional que só escreve
palavras vindas de sua mente, transportam-as para o computador e pronto! Foi
criada a notícia. Logo perceberá que além de estar muito enganado, não sabe
exatamente o que significa portanto o que é o Jornalismo!
De início logo no primeiro dia de aula, fomos pegos de surpresa ao
sermos indagados pelos nosso novo mestre (um ser humano que nunca havíamos
visto) o por quê que havíamos escolhido o Jornalismo. Respostas rápidas,
coerentes, hilárias, sonhadoras e utópicas logo surgiram e ali conhecemos a
averdadeira face do Jornalismo que ele faz logo questão de dizer que não era
nada daquilo que havíamos imaginado: o brilho dos holofotes, as câmeras
focalizando nossos rostos, o deslumbramento (ou até mesmo, a angústia) por
sermos reconhecidos nas ruas, essas e muitos outros exemplos foram tirados de
nossas mentes logo no primeiro dia de aula e a realidade de jprnalistas
correndo atrás da informação debaixo de chuva, frio ou sol escaldante nos foram
mostrados. Medo, nervosismo, calúnias, mentiras, fofocas, poderes, chantagens
muitos foram os exemplos nos foram passado naquela primeira aula e nem preciso dizer
que nosso chão com todas as demais esperanças de uma “vida boa e paparicada” foram
arrancadas do peito e como estávamos ali vivendo o que mais real poderia haver
no jornalismo, nosso professor deixou de lado toda sua educação e num grito
(como verdadeiro general do exército) fez a pergunta final: E aí, vocês ainda
querem ser jornalistas?
O pânico, a surpresa, a altura daquele grito nos serviu como um
verdadeiro choque de realidade. E hoje, após três anos (próximo, bem próximo de
finalizar o curso), tenho que ser sincero em dizer que nada foi fácil. Ainda
mais quando ainda somos pegos de surpresa no quesito TCC.
Mas, mesmo tendo abandonado o prazer imenso que sentia ao postar aqui no
blog opinões “rarefeitas” de momentos singelos do passado, eis que aqui me
encontro mais uma vez para retornar minhas publicações e fico surpreso ao me
deparar que mesmo distante tenha conseguido me fazer ler por mais de 30 mil
pessoas.
O abandono havia mesmo acontecido após a visita em meu blog (nste blog) de
um grande mestre que levarei para toda vida ter me dado a dica de parar. A
sugestão dele é que eu teria que aprender mais, obter mais conhecimento, ser
mais sagaz e objetivo, pois, só assim eu teria mais discernimento no que
escreveria e até mesmo humildade em aceitar todas as críticas que viessem.
Portanto, eis me aqui mais uma vez!
Ainda acadêmico de Jornalismo, mas logo um futuro profissional, quem sabe?